Oficina de Guardiões de Sementes e Oficina de pequenos Guardiões
Realizou-se na Quinta do Olival, no dia 24 de Setembro mais uma Oficina de Guardiões de Sementes e uma Oficina para os Pequenos Guardiões.
A oficina da manhã, para os mais jovens, e com a orientação da Luísa Veloso, deu a oportunidade aos petizes de escolher as sementes que mais os atraíram, sementes ainda na planta ou no legume de pimento, maçã, pilriteiro, alface, alho-porro, feijões de várias cores…e semeá-las em vasos que eles encheram com terra e regaram. No fim, brincámos ao jogo do “Quem é Quem dos Legumes”, e já mais descontraídos, treparam às árvores! Na parte da tarde fomos agraciados com o Teatro Participativo dirigido pela Ana Banana, que teve como tema “ As Fadas salvam as sementes” onde as crianças tiveram a oportunidade de brincar com os fantoches, montar o cenário, vestir-se, encenar a peça e representá-la.
Depois de um muito diversificado e delicioso almoço, com as habituais especialidades dos sócios da associação e visitantes, feitas com as nossas variedades tradicionais, iniciou-se a Oficina dos Guardiões de Sementes. A Oficina foi liderada pela dupla José Miguel Fonseca e Bernardino Ramos, que rechearam a mesa com hortícolas que enchiam o olho, já seleccionadas na horta, prontas para a extracção das sementes: lufa, milho, beringelas, pimentos, tomate, espargos, cebola, etc. Abordaram o papel da horta na preservação das variedades tradicionais, um património em perigo. Foram demonstrados os métodos de extracção e limpeza das sementes das diversas espécies agrícolas e explicadas as condicionantes botânicas para a preservação das variedades. Por fim, foi realçada a importância das condições de armazenamento, explicação seguida de uma visita à sala onde são guardadas as sementes. Os participantes fizeram perguntas sobre a construção natural deste magnífico espaço, que tem um excelente comportamento termohigrométrico graças à sábia escolha dos materiais naturais empregues pelo José Miguel na sua construção. As pessoas, muito participativas, tiravam dúvidas, faziam comentários, acrescentavam as suas experiências.
Que muitas oficinas destas se repitam, e que não desistamos de sensibilizar a sociedade para a preservação do património agrícola português que é vital!











